Thiago Perin 7 de outubro de 2010 de Super Abril
Carboidrato? Nada, o problema é o petróleo
A culpa não é só do fast food, das tortas de morango, do refrigerante, do bolo de chocolate, das pizzas, das caixas de bombons… Bem, vocês entenderam. Um estudo do pesquisador Charles Courtemanche, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), aponta que parte da “culpa” pelas altas taxas de obesidade mundo afora pode ser creditada ao preço da gasolina.
“Um aumento no preço da gasolina tem o potencial de afetar o peso corporal de duas maneiras”, exemplifica Courtemanche. “Primeiro, ao fazer com que as pessoas troquem o carro por formas de transporte que exigem mais do corpo, como caminhar, andar de bicicleta ou mesmo usar transporte público. Segundo, tal substituição, associada aos efeitos do preço do combustível sobre a renda pessoal, pode levar as pessoas a comer menos fora e, no lugar, preparar em casa suas próprias refeições, que tendem a ser mais saudáveis”, diz o estudo.
Ele continua: “minhas estimativas indicam que 8% do aumento da obesidade entre 1979 e 2004″, que mais do que dobrou nos Estados Unidos nesse período, “pode ser atribuído à diminuição simultânea no preço da gasolina” – o que não é pouca coisa. E o cara ainda arrisca um “conselho” para combater todo esse excesso de peso: “um aumento constante de US$ 1 no preço do combustível reduziria entre 7% e 10% a obesidade nos Estados Unidos”.
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